Havia uma formiga
compartilhando comigo o isolamento
e comendo juntos.
Estávamos iguais
com duas diferenças:
Não era interrogada
e por descuido podiam pisá-la.
Mas aos dois intencionalmente
podiam pôr-nos de rastos
mas não podiam
ajoelhar-nos.
Esse poema é de Noémia de Sousa, poeta e jornalista moçambicana nascida em 1926 e falecida em 2002. Como o também moçambicano Mia Couto é o autor analisado pelo Projeto Bentinha esta semana, nos pareceu apropriado apresentar a autora no blog. Autora que era inédita no Brasil até agora, com o lançamento do livro “Sangue Negro”.
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